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Plantio eficiente nas lavouras dobradas da Fazenda Saudade

14 fevereiro 2014

A safra 2013/14 de soja e milho foi plantada com mais eficiência na Fazenda Saudade, em Pitanga, município localizado na região central do Paraná e que chama a atenção do visitante pela grande quantidade de mata nativa preservada. Para aumentar o rendimento das suas lavouras, o produtor rural Albino Coltro, 74 anos, adquiriu na concessionária Shark um trator BT210 e duas plantadeiras HiTech BP905M de oito linhas, puxadas em tandem e controladas com monitor de sementes. Com a ajuda do genro Valdomiro Boiko, do neto Rogerio Coltro Nogueira e de dois funcionários, Albino colheu 363 hectares de trigo na safra de inverno passada – com rendimento médio de 42 sacos por hectare – e plantou 556 hectares de soja nesta safra 2013/14. Em fevereiro, eles devem colher 100 hectares de milho e plantar outros 100 hectares de feijão, que serão colhidos em junho – a produtividade média tem sido de 32 sacos por hectare. As lavouras de verão têm médias mais elevadas. O rendimento médio do milho tem sido de 221 sacos por hectare e o da soja, nas últimas cinco safras, de 66 sacos por hectare, informa Albino Coltro. Ele ressalta ainda que o potencial dessas culturas é mais alto. “Estamos pensando hoje em investir na terra e não em terra. Temos que fazer essa terra produzir mais. É mais vantajoso do que comprar mais área. O desafio maior da próxima geração é esse”, afirma o produtor rural que começou na lida como boia fria.

A Fazenda Saudade chama a atenção pelas lavouras dobradas e pelas árvores nativas preservadas. “Para mim, é muito gratificante chegar aqui e poder ver minhas reservas e saber que a gente faz parte disso. Tem muita coisa para se fazer ainda. Cada dia a gente faz uma coisinha. Tem que ir devagar. É um processo. Cada ano melhorando um pouco as lavouras”, ensina Albino Coltro. Quem planta com o conjunto novo é o neto. “Quando entregaram o trator e as duas plantadeiras aqui na propriedade, fiquei meio assustado com as 16 linhas. Pensei que não ia bem neste lugar mais torto, mas foi bem ao contrário. Vai bem em todos os talhões, até nos mais quebrados. O trator tem uma estabilidade muito boa. Não escorrega. Omotor é muito bom, trabalha sobrando força. Além disso, o monitor de semente facilita demais. O trabalho fica mais tranquilo. O conjunto é muito bom”, avalia Rogerio Coltro Nogueira, 36 anos. E o consumo do trator? Rogerio Coltro informa que, na soja, a máquina faz entre 18 e 20 litros de diesel por hora, plantando cerca de seis hectares. “Já no milho faz entre 20 a 21 litros, pois eu tenho que andar mais devagar”, responde. Ele revela ainda qual é hoje o maior desafio que enfrenta como produtor rural. “Trabalhar melhor a terra que a gente já tem. É o que está acontecendo. Com tecnologia. Preservando nossas reservas”, afirma o neto de Albino Coltro.

Mais economia
Quando era bem moço, seu Albino machucou a mão trabalhando em um frigorífico em São José do Rio Preto (SP). Para mudar de ares, decidiu visitar a irmã que vivia no Paraná. Assim que chegou, seu cunhado o convidou para trabalhar em uma lavoura de feijão. Tinha 22 anos. Nunca mais voltou para São Paulo. “Comecei a trabalhar como boia fria. Fazia tudo na roça. Em 1961, em uma colheita de café sobraram 60 sacos para mim. Aí comecei e fui crescendo. Comprei uma chacrinha em Lunardelli. Depois vim para Pitanga, porque eu não tinha mais espaço e era mais caro. Vendi 11 alqueires lá e comprei 45 aqui”, relata. Ele conta ainda que, quando chegou na região, em 1986, ainda se colocava fogo na palha do trigo. “Pra você ver como a gente era atrasado. Todo mundo fazia assim. Botava fogo na palha para fazer soja. Hoje a gente planta aveia para fazer palha”, compara Albino Coltro. Quanto ao desempenho dos novos equipamentos, a avaliação é positiva. “O trator BT210 puxando as plantadeiras da Valtra em tandem (16 linhas) trabalha por dois, o que nos proporciona mais economia. O consumo de diesel está ao redor dos 20 litros por hora. A gente precisava renovar o maquinário. Esse conjunto atingiu nosso objetivo. Compramos para isso”, avalia Albino Coltro.

Fonte: Revista Valtra – ed. 9 – fev. 2014